domingo, 30 de outubro de 2011

Tabela de Divisões Cronostratigráficas

 

Tendo como base a sucessao de espécies identificadas no registo estratigráfico, pode estabelecer-se uma divisão do tempo geológico em tempos relativos, de aplicação global, desde o Ediacário até aos nossos dias. Os limites de alguns Andares englobados no Econotema Fanerozóico ( - 542 M.a. até à actualidade), bem como a base do Andar Ediacárico, sao definidos com base no estabelecimento de Estratotipos de Limite Global ( ou Global Standard Section and Points). Um ELG (ou GSSP) corresponde ao limite inferior de um determinado Andar, sendo o limite superior desse Andar coincidente com o estabelecimento do limite inferior do Andar seguinte. Cada estratotipo de limite é assinalado na tabela cronostratigráfica através de um prego dourado
( golden spike) que, no caso concreto do Bajociano, corresponde à base de uma camada definida na praia da Murtinheira ( cabo Mondego).
  


As unidades inferiores ao Sistema Ediacárico sao estabelecidas com base em datações radiométricas, sendo, por isso, definida uma Idade Estratigrafica Padrão Global ( Global Standard Stratigraphic Age).
Esta escala  cronostratigráfica mundial de referência fornece uma visao global das diversas unidades cronostratigráficas, as suas designaçoes, e as suas durações. As unidades cronostratigráficas só têm validade formal depois de aprovadas pels União Internacional de Ciências Geológicas ( IUGS) .
Uma vez que esta tabela tem por base o registo estratigráfico, não aparecem representadas unidades cronostratigráficas correspondentes ao tempo que antecedeu a solodificação crustal e a formação das primeiras rochas terrestres ( Eon Hádico).
As cores de cada uma das divisoes apresentadas na tabela são as definidas pela Commission for the Geological Map of the World.



Geologia 12º ano, Porto Editora 
Fonte: Direcçao- Geral de Minas e Serviços Geológicos
Serviços Geológicos de Portugal, 1968.



No âmbito de Geologia, achamos por bem dar a conhecer a História  da Terra e da Vida , uma vez que temos a sorte de poder estudar esta mesma disciplina.
A cronostratigrafia é um ramo da estratigrafia que trata do ordenamento das rochas no tempo.   






sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fotografias macro, panorâmicas, HDR e com regra dos terços.






Fotografia macro, sem flash.
Autoria: Raquel e Vanessa. 
      


                 Para comparar a qualidade de uma fotografia com flash e sem flash, no âmbito da disciplina de Geologia, resolvemos produzir uma fotografia macro e ver as grandes diferenças existentes nelas.
  O que notamos foi que, na macro sem flash, a rocha cujo nome é pegmatito, as faces estão bem delineadas e o que se pretendia mostrar está bem focado, neste caso a rocha.        








Fotografia macro, com flash.
Autoria: Vanessa e Raquel 
     




Já o contrario se verifica na macro com flash.
  A rocha perde a qualidade, neste caso as cores,
 e o relevo perde a sua naturalidade.



                                                          












Sem HDR
Autoria: Raquel e Vanessa 
   





Sem o HDR, a fotografia perde algumas qualidades, não podendo ser visível as qualidades essenciais, como a luz que entrava na sala.


HDR
Autoria: Vanessa e Raquel







 




                                                                            Nesta paisagem, com HDR a
fotografia fica mais natural, mostrando o
 relevo tal como ele é.












Regra dos terços
Autoria: Vanessa e Raquel 


Aqui, temos presente a regra dos terços. Esta técnica permite-nos identificar qual a parte principal da fotografia.Na regra dos terços a figura tem de estar num dos vértices centrais, o que se verifica.













Panorâmica
Autoria: Raquel e Vanessa


Esta imagem é a junção de seis fotografias.
 Com esta técnica é possível visualizar tudo aquilo que não conseguimos observar apenas numa.





sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Modelos de convecção mantélica ao longo da História da Geologia

   O movimento das placas pressupõe a existência no interior da Terra de uma força geradora desse movimento, isto é, de uma força motriz. Assim, a consistência da Teoria da Tectónicas de placas depende da construção de um modelo ou de modelos que expliquem qual o motor que acciona o movimento das placas.


    A Terra produz energia no seu interior – a geotermia. Se pudéssemos penetrar até ao núcleo terrestre, verificar-se-ia que a temperatura aumenta progressivamente com a profundidade. A temperatura no centro da Terra ronda os 7000°C, mas parte deste calor é gradualmente libertado através da superfície da Terra. A esta perda gradual e contínua de calor através da superfície da Terra, atribui-se o nome de fluxo geotérmico. As principais fontes de energia interna da Terra são:
• Radioatividade
• Contracção gravitacional
• Bombardeamento primitivo


   Mas como se organiza, no manto, este movimento energético em direcção à superfície sabendo que nas zonas de rifte o fluxo geotérmico oceânico apresenta o seu valor máximo?



  •    Existem várias teorias que tentam explicar os mecanismos geradores destes movimentos energéticos, situados no manto.



     Os movimento cíclicos de uma panela de sopa espessa a aquecer designam-se movimentos convectivos ou de convecção. De forma idêntica, pensa-se que os materiais rochosos do manto terrestre também descrevem esses movimentos cíclicos de convecção, porém de forma muito mais lenta.

Demonstra-se em laboratório que rochas sobreaquecidas expandem-se, isto é, a sua massa passa a ocupar um volume maior, tornando-se mais maleável e diminuindo a sua densidade; uma pequena diminuição da densidade de uma rocha pode, inclusivamente, ser suficiente para que essa rocha flutue.


Holmes

http://www.amnh.org/education/resources/rfl/web/essaybooks/earth/p_holmes.html


  Modelo de Holmes
  Avançou, em 1928, com a ideia de que os materiais rochosos do manto, aquecidos pela sua radioatividade natural expandem-se, tornando-se mais maleáveis, ou menos rígidos e, também, menos densos.


  A diferença de densidade entre estes materiais sobreaquecidos e os adjacentes faz com que eles ascendam, formando o ramo ascendente de uma célula de convecção.



q=modelos+de+convec%C3%A7%C3%A3o+mant%C3%A9lica+ao+longo+da+Hist%C3%B3ria+da+Geologia&hl=pt-BR&sa=X&biw=1280&bih=677&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=NOXJB03qCmy7ZM:&imgrefurl=http://amtaborda-portfgeo.webnode.com.pt/products/refer%25C3%25AAncia%2520%25231/&docid=pP1eOQa2n2BiEM&imgurl=http://files.amtaborda-portfgeo.webnode.com.pt/system_preview_small_200000005-d7d92d8d3d/convec%2525C3%2525A7ao%252520litos.jpg&w=118&h=43&ei=IFmhTv33L8eQ4gTHhOXPBA&zoom=1&iact=hc&vpx=807&vpy=413&dur=156&hovh=41&hovw=114&tx=107&ty=26&sig=108300518389287941046&page=1&tbnh=41&tbnw=114&start=0&ndsp=16&ved=1t:429,r:8,s:0







No limite astenosfera-litosfera, onde a temperatura é significativamente mais baixa, o material rochoso em ascensão separa-se no contacto com a litosfera rígida, originando dois fluxos horizontais divergentes. À medida que este material flui horizontalmente sob a litosfera, vai arrefecendo e aumentando de densidade até se afundar no manto, formando o ramo descendente da célula de convecção.

A célula completa-se algures em profundidade, através de movimentos horizontais, que deslocam o material da região do fluxo descendente para a região do fluxo ascendente. Parte do calor interno da Terra é libertado através dos ramos ascendentes das correntes de convecção, pelo que a eles se associa um fluxo geotérmico elevado.




   Holmes defendeu, assim, a ideia de que os movimentos de convecção no manto poderiam ser o motor do movimento da Deriva dos Continentes defendido por Wegener.A forma, o tamanho e o número das células de convecção são, ainda, alvo de debate científico, existindo, pelo menos, três modelos de convecção para o manto.






   O modelo A – modelo de Holmes – preconiza um nível de convecção profunda dos materiais rochosos do manto, assumindo que o seu sobreaquecimento ocorre na proximidade do núcleo.




  O modelo B -- prevê a existência de dois níveis de convecção: um no manto inferior e outro no manto superior. A subdivisão do manto em duas camadas, a cerca de 660 km de profundidade, assinala uma transição que impede o modelo de convecção profunda. Neste modelo, o ramo ascendente da corrente de convecção do manto inferior aquece as rochas da base do manto superior, as quais iniciam, na mesma direcção, o seu movimento de ascensão.



   O inverso se passa com o ramo descendente da corrente de convecção.

  O modelo C -- é um modelo mais complexo de convecção, no qual os materiais rochosos do manto inferior, durante o seu movimento horizontal de convecção, na proximidade da transição manto inferior-manto superior, transferem calor para as rochas do manto superior que iniciam o seu movimento de convecção na mesma direcção.

   A submersão, no manto superior; por arrefecimento dos materiais rochosos, ocorre na mesma direcção da ascensão do manto inferior.


Em síntese:
    verifica-se que os três modelos são consensuais quanto à localização, à superfície da Terra, dos ramos ascendentes e descendentes dos movimentos de convecção:

- os ramos ascendentes localizam-se ao nível das zonas de rifte, razão pela qual se associa vulcanismo activo, de carácter sensivelmente contínuo, e elevado fluxo geotérmico;

- os ramos descendentes localizam-se ao nível das zonas de subducção, às quais se associa um fluxo geotérmico menor.

  Esta convecção permite explicar o movimento das placas litosféricas devido ao facto de gerar uma corrente – corrente de convecção – ao nível do manto capaz de arrastar a litosfera, pela conjugação do seu movimento ascendente e do seu movimento descendente:


-a ascenão de material rochoso sobreaquecido, ao nível do manto, “empurra” a placa litosférica numa das extremidades (zona de rifte);


-o afundamento da litosfera fria e densa “puxa” a placa na extremidade oposta (para a zona de subducção)









sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Da Teoria da Deriva dos Continentes à Teoria da Tectónica de Placas

  No início do século XX, Alfred Wegner propôs a Teoria da Deriva dos Continentes. Segundo este investigador alemão, um supercontinente, denominado Pangeia, ter-se-á fragmentado no início da Era Mesozóica. As massas continentais originadas pela fragmentação deste supercontinente terão sido deslocadas ao longo do tempo geológico, o que teria originado a atual repartição dos continentes e oceanos.

Em 1928, Arthur Holmes propõe a hipótese dos movimentos de convecção no manto como motor da deriva dos continentes. Com base nas ideias de Holmes, surgiu a Teoria da deriva dos continentes. Com base nas ideias de Holmes, surgiu a Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos, referindo que os continentes terão sido transportados lateralmente como parte da crusta terrestre, ao invés de terem sulcado a camada subjacente.

  Durante a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de conhecimento dos fundos oceânicos devido à navegação de submarinos, levou à realização de um grande número de mapas topográficos dos relevos oceânicos. Estes estudos revelaram a existência de uma morfologia muito característica, nomeadamente uma rede de dorsais percorrendo todos os oceanos do planeta. A exploração sistemática dos fundos oceânicos, através de navios especialmente concebidos para este tipo de estudos, foi fundamental para o conhecimento da topografia dos fundos oceânicos.

Os dados do paleomagnetismo revelaram a existência de um padrão de bandas dispostas simetricamente em relação às cristas das dorsais, com valores de maior ou menor intensidade magnética em relação ao valor médio da região.  Estes dados sugeriam uma relação entre a expansão dos fundos oceânicos e a inversão da polaridade do campo magnético terrestre. Durante certos períodos, denominados polaridade inversa, os pólos magnéticos estavam invertidos em comparação à situação atual, designada normal.


   Em 1967 foi proposta a Teoria da Tectónica de Placas, em que se considerava a existência no Globo de um certo número de blocos rígidos, denominados placas litosféricas. Em 1968, Jason Morgan propôs que a superfície da Terra estaria dividida em cerca de vinte blocos de diferentes formas e tamanhos, onde poderiam ser definidos três tipos de limites: cristas médio- oceânicas, fossas oceânicas e falhas transformantes. A Teoria da Tectónica de Placas fornece à Geologia uma visão globalizante e integradora dos vários fenómenos geológicos que ocorrem no nosso planeta.

  A Teoria da Tectónica de Placas propõe diversas interpretações para a dinâmica da litosfera. Deste modo, a génese e evolução de determinadas estruturas geológicas começou a ser mais bem compreendida à luz dos novos conceitos propostos. Dorsais oceânicas, arcos insulares intra-oceânicos, riftes continentais e cadeias montanhosas são algumas grandes estruturas geológicas que podem ser interpretadas com base na teoria da Tectónica de Placas.            

      



Esta matéria vai de encontro àquilo que temos abordado nas aulas, sendo uma síntese de primeiro capítulo e interessante para a compreesão da teroria da tectónica de placas.


Geologia/ 12º ano
Autores: José Mário Félix; Isabel Cristina Sengo; Rosário Bastos Chaves
Editora: Porto Editora
Cpa: António Modesto






Este video foi retirado do Youtube
por :MILLERSIS81

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Kilauea

                     O Kīlauea é um vulcão localizado no Havaí, nos Estados Unidos


 
http://www.google.pt/imgres?q=Kilauea&um=1&hl=pt-PT&sa=N&noj=1&biw=1440&bih=701&tbm=isch&tbnid=PHbqnsLOl8iC7M:&imgrefurl=http://www.flickr.com/photos/volcanoes/988326099/&docid=GGbF7Ea8qoswvM&w=500&h=319&ei=fU-UTvXqH4_AswbWyo3HBQ&zoom=1


    Em Dezembro de 2005 uma parede de rochas desmoronou, o que causou um abismo de 18 metros à beira do mar e um rio de lava do Kilauea, que formou uma plataforma que dá continuidade ao continente. A queda de lava e rochas é a maior já registada no Kilauea desde que entrou em erupção, em 1983.
    A mais recente erupção foi registada a 5 de Agosto de 2011. É considerado pelos cientistas o vulcão mais ativo do mundo.
  Nesta imagem é possivél imaginar o tamanho do vulcão, referindo a sua efusão frequente de lava.
  Apesar de perigoso, não podemos deixar de referir o seu belo aspeto e a sua autenticidade.
     Achamos interessante esta noticia pois é atual e consideramos que é um fenómeno perigoso.