quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estudo Dos Fósseis

O que é um fóssil ?
  • São restos, marcas ou vestigios de seres vivos que viveram em tempos geológicos diferentes do nosso.
  • Os fósseis têm a idade das rochas que os contem.
Registo fóssil


















Através do estudo dos fósseis foi possível ao Homem:
  • Compreender a evolução dos seres vivos, as adaptações e extinções ao longo da história da Terra;
  •  Reconstituir os organismos numa dada época, o seu modo de vida, como é que interagiam entre si e como se relacionavam como meio ambiente onde viviam;
  •  Reconstituir os ambientes do passado e assim reconstituir a geografia da Terra;
  •  Reconstituir os climas do passado;
  •  Efectuar a datação relativa dos estratos rochosos.


Fósseis de ambiente ou fósseis de fácies


São os fósseis que melhores indicações fornecem quanto às características do ambiente em que viveram – Paleoambiente e do ambiente de formação das rochas que os contêm. Correspondem a organismos com exigências de vida muito específicas e restritas.
A identificação dos paleoambientes permite-nos reconstituir a geografia da Terra no passado –Paleogeografia - como por exemplo,a distribuição dos continentes e oceanos, a extensão de mares antigos, praias, lagos, entre outros.


Fósseis de idade ou fósseis característicos


São fósseis muito importantes para a datação relativa de formações geológicas, uma vez que os estratos que apresentem o mesmo conteúdo fossilífero são considerados da mesma idade.

Têm:

1 – Evolução rápida e curta distribuição temporal – ou seja, o fóssil só é característico de um dado tempo geológico, se o intervalo entre o seu aparecimento e a sua extinção for curto;

2 - Ampla distribuição geográfica – de forma a poderem ser encontrados em diversos locais e permitirem comparações entre estratos geológicos distantes;

3 – Ocorrência em abundância – quanto maiores forem as populações dos seres vivos, maior será a probabilidade de se formarem fósseis e ocorrerem no registo geológico;

4 – Estruturas fossilizáveis – a fossilização de um organismo depende em grande medida da presença de estruturas rígidas, como conchas, carapaças, dentes ou ossos.

Resolvemos colocar esta informação, que vai de encontro à matéria abordada nas aulas sobre Fósseis.
  É interessante descobrir a quantidade de informação que eles nos podem fornecer. Neste vídeo podemos visualizar como se formam os fósseis, e torna-se ainda mais interessante pela sua visualização.
    



                                                                               WHAT ARE FOSSILS?


                                                                                                Video retirado do youtube.
                                                                                                                         Enviado por dinodays1 em 21/05/2011




Referências eletrónicas:
http://www.jornalinfinito.com.br/series.asp?cod=145
http://e-geo.ineti.pt/divulgacao/materiais/posters/poster_correlacao

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Relógios" paleontológicos

  Através dos dados de litostratigrafia, vimos que podemos correlacionar determinados acontecimentos geológicos ocorridos numa dada região. No entanto, quando queremos correlacionar determinado tipo de formações geológicas com outras muito afastadas geograficamente, apenas com base nos dados relativos ás suas características litológicas, estes revelam-se insuficientes.
    Uma correlação a nível global pode, no entanto, ser feita tendo em conta o conteúdo paleontológico de um determinado corpo rochoso, o que permite comparar a idade relativa de diferentes formações no espaço e no tempo. A biostratigrafia pode ser considerada uma ciência de fronteira entre a estratigrafia e a paleontologia, tendo como principal objectivo o estudo temporal dos fósseis existentes no registo estratigráfico.








    

Fig. 1- A biostratigrafia permite o estabelecimento de unidades estratigráficas, tendo em conta o conteúdo paleontológico dos estratos.


  Certo tipo de fósseis, como , por exemplo, as amonites, funcionam como "relógios" extremamente precisos na datação de determinadas formações lógicas. O fósseis que permitem ao geólogo estabelecer acontecimento são determinados fósseis indicadores estratigráficos, característicos ou de idade.

  Os fósseis de idade apresentam uma repetição geográfica muito ampla (distribuição horizontal) e evolução de gêneros e espécies muito rápida (distribuição vertical). A abundância (elevada taxa de reprodução) e o bom potencial de preservação (esqueleto, conchas ...) dos organismos cujos vestígios ficaram fossilizados permitem classifica-los como marcadores temporais muito precisos, servindo de apoio aos paleontólogos para datar os estratos que os contêm.


  Com base na presença de determinados fósseis de idade, é possível estabelecer correlações entre estratos de formações geológicas geograficamente afastadas. O principio da identidade paleontológica ou da sucessão faunística admite que estratos que possuam o mesmo registo paleontológicos são da mesma idade.

sábado, 19 de novembro de 2011

Fita cronostratigráfica




Fita cronostratigráfica





Este trabalho, realizado no âmbito da disciplina de geologia, consistiu na realização de uma fita do tempo, isto é, uma fita cronostratigráfica.
Este fita tem cerca de 5m e está dividida de acordo com os diferentes acontecimentos.
A construção desta fita foi bastante trabalhosa, pois tivemos de fazer várias medições, dividir Eras, Períodos, Épocas, e pintar com as respetivas cores cada divisão.
Também tivemos a preocupação de colocar os acontecimentos mais importantes das divisões, quer os aparecimentos quer as extinções. 
Foi um trabalho bastante interessante de realizar, pois só assim conseguimos verdadeiramente percecionar o tamanho de cada divisão.
Pedimos desculpa por não conseguirmos uma melhor visualização da fita!



Geologia 12º  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Geoarte: La Gioconda ou Mona Lisa


La Gioconda




Segundo Martin Kemp, um estudioso da obra de Leonardo da Vinci, o seu quadro mais célebre La Gioconda introduz um tema geológico, tão do agrado deste génio do Renascimento. Na La Gioconda vê-se, em segundo plano, um complexo circuito de circulação de água. Este movimento hidrológico é prolongado pelo artista e reproduzido na ondulação dos cabelos e nas pregas do vestido da donzela.











Naturalmente que quando olhamos para a mais bela obra de Leonardo da Vinci, reparamos que o seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo.
  No entanto são poucos os que dão importância ao tema geológico representado na obra.
Queremos mais do que nunca dar a conhecer essa parte, uma vez que a geologia faz parte do nosso dia a dia .




Referências eletrónicas:

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRlAHnQMMEu27UYiH3LSl0SsbgxxkC4KyYYXh_FXrhVtV6Mdeiq

Geoarte

(...) A vida açoriana não
data espiritualmente da
colonização das ilhas;
antes se projeta num
passado telúrico que os
São Miguel- Açores
geólogos reduzirão a
tempo, se quiserem...


Como os homens, estamos
soldados historicamente ao
 povo de onde viemos e
enraizados pelo habitat a
uns montes de lava que soltam da própria
entranha uma substância
que nos penetra.


A geografia, para nós, vale
tanto como a história, e
não é debalde que as
nossas recordações 
escritas inserem dos
cinquenta por cento 
de relatos de sismos e
enchentes. Como as
sereias temos uma dupla 
natureza: Somos de carne
e de pedra. Os nossos 
ossos mergulham no mar.

                                    Vitorino Nemésio



Referências eletrónicas:

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRX6RxL6erfSQ5DdXrAOS5onFpb5yXeugcGa-BZc8JcEfsER0mZgQ

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A duração dos acontecimentos geológicos ao longo da história.




Historical Geology


                                                                      Este video foi retirado do youtube.
                                                                      Enviado por KomatiiteBIF a  03/07/2009




James Ussher




" Em 1650, o arcebispo James Ussher (1581-1656), tendo em conta os factos descritos na Bíblia, calculou a data de formação da Terra. Esta teria sido criada no dia 23 de Outubro, no ano 4004 a.C., ao meio dia."







James Hutton




" Não há vestígio de um princípio nem previsão de um fim"



           James Hutton, Teoria sobre a Terra, 1785 
 
                                                                                                             




 

" Ser-me-ia difícíl lembrar ao leitor, que não está familiarizado com a geologia (...), a ideia da imensidade da duração do tempo geológico.

Darwin

  Nada melhor pode fazer-nos compreender o que seja a imensa duração do tempo geológico como a observação da acção produzida pelos agentes atmosféricos e que geralmente parecem ter tão pouco poder a atuar de uma forma tão lenta. (...)
  (...) relativamente à alteração produzida pelos agentes atmosféricos, tendo por base o cálculo da quantidade de materiais sedimentares que transportam anualmente certos ribeiros, relativamente à extensão das superfícies drenadas, seriam necessários pelo menos seis milhões de anos para desagregar e para elevar (...) um relevo com cerca de 300 metros de rochas."  



                              Charles Darwin, Origem das espécies, 1859




Termier
" O tempo geológico compreende, provavelmente, algumas centenas de milhões de anos e não somente algumas dezenas de milhões.
  Quanto ao período de tempo que antecedeu o aparecimento da vida a que eu chamo de tempos cósmicos, absolutamente nada nos fornece a mínima ideia  da sua extraordinária duração.

  Pierre Termier, em 1919, na conferência Os grandes enigmas da Geologia 









Geologia/ 12º ano
Autores: José Mário Félix; Isabel Cristina Sengo; Rosário Bastos Chaves
Editora: Porto Editora
Capa: António Modesto

Imagens: http://en.wikipedia.org/wiki/James_Ussher
Credit: SCIENCE PHOTO LIBRARY
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação





Reflexão:

  • James Ussher , para determinar a idade da Terra baseou-se em factos descritos na Bíblia.
  • James Hutton contraria a ideia de um planeta jovem, pois segundo este a Terra é tão antiga que até já não há vestigios da sua formação.
  • Tendo em conta as palavras de Darwin, podemos caraterizar a duração dos fenómenos geológicos, pois este refere-se à dificuldade de perceção da duração de fenómenos geológicos durante a vida humana, dado que os mesmos ocorrem de forma lenta e gradual.
  • Segundo Termier, o período de tempo anterior ao aparecimento da vida era de difícil determinação porque no tempo de Termier somente se conheciam os métodos paleontológicos para determinação da idade das rochas.
  • A observação de uma montanha, um rio ou os materiais que ele deposita junto à foz faz parte do quotidiano do ser humano. Para Hutton e Darwin serviu para refletir sobre a duração do tempo geológico. Estas observações e ideias  vem a confirmar que a geologia vive da observação, interpretação e formulação de hipoteses relativas ao tempo geológico e à sua determinação.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Princípios litostratigráficos fundamentais

A litostratigrafia baseia o seu estudo em 5 princípios fundamentais:
  • De sobreposição
  • Da horizontalidade
  • Da continuidade lateral
  • Da intersecção
  • Da inclusão

Princípio da sobreposição (fig.3)


      Em 1669, Nicolaus Steno enunciou que, numa dada sequência estratigráfica, os estratos que se encontram no topo são mais recentes que aqueles que estão na base.


Fig.3

      O princípio da sobreposição deve ser aplicado com precaução, uma vez que em terrenos que esperimentam fenómenos de deformação, como dobras e falhas, o geólogo deve apoiar-se em métodos de interpretação complementares.





Princípio da Horizontalidade Original  (fig.3)


      Igualmente proposto por Steno, determina que os sedimentos que estiveram na origem dos estratos são depositados, em regra, segundo camadas horizontais.



Princípio da Intersecção  (intrusão/ fratura) (fig.4)

Um filão ou uma intrusão magmática é sempre posterior às formações rochosas que atravessa.


Fig.4

Princípio da Inclusão  (fig.5)


Certos encraves que ficam englobados numa determinada rocha são provenientes de rochas mais antigas do que aquela que os contém. De uma forma geral, podemos dizer que qualquer rocha que contenha elementos de outra rocha preexistente é sempre mais recente.

Fig.5

Princípio da Continuidade lateral (fig.6)


Um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão, independentemente da ocorrência da variação horizontal (lateral) de fáceis. Deste modo, uma camada limitada por um muro (base) e por um tecto (topo) e definida por uma certa fácies tem a mesma idade ao longo de toda a sua extensão lateral.

Fig.6



Princípio da Identidade paleontológica(fig.7 ) 



(Rochas, estratos ou camadas com o mesmo contéudo fóssil têm a mesma idade  



 























Geologia/ 12º ano
Autores: José Mário Félix; Isabel Cristina Sengo; Rosário Bastos Chaves
Editora: Porto Editora
Capa: António Modesto