sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Da Teoria da Deriva dos Continentes à Teoria da Tectónica de Placas

  No início do século XX, Alfred Wegner propôs a Teoria da Deriva dos Continentes. Segundo este investigador alemão, um supercontinente, denominado Pangeia, ter-se-á fragmentado no início da Era Mesozóica. As massas continentais originadas pela fragmentação deste supercontinente terão sido deslocadas ao longo do tempo geológico, o que teria originado a atual repartição dos continentes e oceanos.

Em 1928, Arthur Holmes propõe a hipótese dos movimentos de convecção no manto como motor da deriva dos continentes. Com base nas ideias de Holmes, surgiu a Teoria da deriva dos continentes. Com base nas ideias de Holmes, surgiu a Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos, referindo que os continentes terão sido transportados lateralmente como parte da crusta terrestre, ao invés de terem sulcado a camada subjacente.

  Durante a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de conhecimento dos fundos oceânicos devido à navegação de submarinos, levou à realização de um grande número de mapas topográficos dos relevos oceânicos. Estes estudos revelaram a existência de uma morfologia muito característica, nomeadamente uma rede de dorsais percorrendo todos os oceanos do planeta. A exploração sistemática dos fundos oceânicos, através de navios especialmente concebidos para este tipo de estudos, foi fundamental para o conhecimento da topografia dos fundos oceânicos.

Os dados do paleomagnetismo revelaram a existência de um padrão de bandas dispostas simetricamente em relação às cristas das dorsais, com valores de maior ou menor intensidade magnética em relação ao valor médio da região.  Estes dados sugeriam uma relação entre a expansão dos fundos oceânicos e a inversão da polaridade do campo magnético terrestre. Durante certos períodos, denominados polaridade inversa, os pólos magnéticos estavam invertidos em comparação à situação atual, designada normal.


   Em 1967 foi proposta a Teoria da Tectónica de Placas, em que se considerava a existência no Globo de um certo número de blocos rígidos, denominados placas litosféricas. Em 1968, Jason Morgan propôs que a superfície da Terra estaria dividida em cerca de vinte blocos de diferentes formas e tamanhos, onde poderiam ser definidos três tipos de limites: cristas médio- oceânicas, fossas oceânicas e falhas transformantes. A Teoria da Tectónica de Placas fornece à Geologia uma visão globalizante e integradora dos vários fenómenos geológicos que ocorrem no nosso planeta.

  A Teoria da Tectónica de Placas propõe diversas interpretações para a dinâmica da litosfera. Deste modo, a génese e evolução de determinadas estruturas geológicas começou a ser mais bem compreendida à luz dos novos conceitos propostos. Dorsais oceânicas, arcos insulares intra-oceânicos, riftes continentais e cadeias montanhosas são algumas grandes estruturas geológicas que podem ser interpretadas com base na teoria da Tectónica de Placas.            

      



Esta matéria vai de encontro àquilo que temos abordado nas aulas, sendo uma síntese de primeiro capítulo e interessante para a compreesão da teroria da tectónica de placas.


Geologia/ 12º ano
Autores: José Mário Félix; Isabel Cristina Sengo; Rosário Bastos Chaves
Editora: Porto Editora
Cpa: António Modesto






Este video foi retirado do Youtube
por :MILLERSIS81

Sem comentários:

Enviar um comentário