Uma correlação a nível global pode, no entanto, ser feita tendo em conta o conteúdo paleontológico de um determinado corpo rochoso, o que permite comparar a idade relativa de diferentes formações no espaço e no tempo. A biostratigrafia pode ser considerada uma ciência de fronteira entre a estratigrafia e a paleontologia, tendo como principal objectivo o estudo temporal dos fósseis existentes no registo estratigráfico.
Fig. 1- A biostratigrafia permite o estabelecimento de unidades estratigráficas, tendo em conta o conteúdo paleontológico dos estratos.
Certo tipo de fósseis, como , por exemplo, as amonites, funcionam como "relógios" extremamente precisos na datação de determinadas formações lógicas. O fósseis que permitem ao geólogo estabelecer acontecimento são determinados fósseis indicadores estratigráficos, característicos ou de idade.
Os fósseis de idade apresentam uma repetição geográfica muito ampla (distribuição horizontal) e evolução de gêneros e espécies muito rápida (distribuição vertical). A abundância (elevada taxa de reprodução) e o bom potencial de preservação (esqueleto, conchas ...) dos organismos cujos vestígios ficaram fossilizados permitem classifica-los como marcadores temporais muito precisos, servindo de apoio aos paleontólogos para datar os estratos que os contêm.
Com base na presença de determinados fósseis de idade, é possível estabelecer correlações entre estratos de formações geológicas geograficamente afastadas. O principio da identidade paleontológica ou da sucessão faunística admite que estratos que possuam o mesmo registo paleontológicos são da mesma idade.
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